“O amor é o que o amor faz”
bell hooks
As mulheres negras têm direito ao amor? E se têm, como ele é realizado? Busco aqui, através das obras de três escritoras negras, comparar como o amor é construído para essas mulheres. As produções analisadas serão apresentadas pela ordem cronológica de sua primeira publicação: Kindred: laços de sangue (1979), de Octavia E. Butler, A cor púrpura (1986), de Alice Walker, e Amada (1987), de Toni Morrison.
Kindred: laços de sangue
Octavia E. Butler foi nada menos que a primeira autora negra a escrever ficção científica na tradição literária norte-americana. Em Kindred: laços de sangue, a “dama da ficção científica” utiliza como recurso narrativo a viagem no tempo. Dana, uma mulher negra que se relaciona com um homem branco e vive nos anos de 1970, desloca-se temporalmente para a cidade de Maryland no século XIX. Através das viagens de Dana, é possível observar os horrores da escravidão e questioná-los.
Depois de idas e vindas, Dana percebe que suas viagens têm como motivação o cuidado com um ancestral branco, Rufus. Sempre que ele está em perigo, ela volta ao passado. Retornando aos anos 1970 quando sua própria vida está em risco. Não sendo possível evitar, porém, que as feridas do período que passou escravizada voltem com ela, cada retorno é marcado por traumas físicos e psicológicos. Apenas esses fatos seriam o bastante para uma longa análise de como a escravidão deixou marcadas várias gerações, mesmo após a abolição. Para essa comparação, no entanto, me deterei em comentar outra ancestral de Dana: Alice.
Alice nasceu livre e quando criança era amiga de Rufus, mas depois de jovens, ele começa a nutrir um sentimento não correspondido por ela. Alice amava Isaac, um homem negro escravizado.
A relação de Alice e Isaac, apesar de os dois serem negros, trazia conflitos para além da possessividade de Rufus. bell hooks aponta:
Em Maryland, no ano de 1664, foi aprovada a primeira lei contra mestiçagem, com o objetivo de diminuir as relações sexuais entre mulheres brancas e negros escravizados. Essa mesma lei afirmava que o filho de uma mãe livre com um homem escravizado seria também escravizado.
(HOOKS/2020/ pag 38)
Ao amar e se envolver com Isaac, Alice estava destinando os seus possíveis descendentes à escravidão. A história dos dois, entretanto, é atravessada por Rufus. Isaac e Alice precisam fugir após Isaac agredir gravemente Rufus para defender Alice de uma tentativa de estupro, e o escravizador é salvo mais uma vez por Dana.
Os dois apaixonados fogem, mas algum tempo depois são capturados. Nessa captura Isaac perde a orelha e, muito ferido, é vendido. Alice, também muito machucada, é vendida para Rufus. Através dos cuidados de Dana, ela sobrevive, mas não se lembra do que aconteceu. Aos poucos recupera a memória e se dá conta de sua nova realidade: agora ela é escravizada e para sobreviver deve amar, ou aparentar amar, Rufus.
Escravizada, Alice perde todo o direito de sentir ou escolher o que quer para a sua vida. Sobre a questão sexual bell hooks escreve:
Devido às duras condições da vida como escrava, qualquer argumento sugerindo que a mulher negra podia escolher seu parceiro sexual é ridícula. Uma vez que o homem branco podia estuprar a mulher negra que não atendia, por vontade própria, às demandas dele. [...] As mulheres que não atendiam por livre vontade às propostas sexuais dos senhores e capatazes eram violentadas e punidas. (HOOKS /2020/pág.53)
No mesmo sentido, Wilderson, em seu texto Sugando ossos de vértebras (2021), referencia David Marriott ao dizer: “não há lugar aqui para aquilo que o negro quer, ou para um inconsciente negro movido por seu próprio desejo e por sua agressão”(WILDERSON/ Pág. 59). Mesmo em seu ponto mais alto de agressividade, Alice não pode fazer o que quer. Não foi dado à ela o direito de viver o amor com quem escolheu e agora não pode demonstrar o ódio que sente por Rufus. A alternativa encontrada para sua sobrevivência foi canalizar a raiva para Dana, a mulher negra que protege e ajuda os brancos, a preta branca.
Alice viveu livre até aquele momento e cresceu vendo em Rufus um amigo, mas ao perder Isaac e sua liberdade, ela percebe aquilo que foi apontado por Wilderson (2021): nada mais fatal do que a autoilusão do negro que faz esquecer que não pode haver amor sem ódio. Culpa. Ressentimento. Agressividade. Era tudo uma questão de tempo (WILDERSON/pág. 209). Era tudo uma questão de tempo, e a hora da desilusão de Alice havia chegado.
O Amor que Rufus dizia sentir não era um amor libertador, ele se aparenta com o amor descrito por Saidiya Hartman (2021), ao descrever a passagem sobre Caramansa e os portugueses: O amor era a linguagem da dominação, e sua prole eram homens e mulheres acorrentados (HARTMAN, pág. 81). Os filhos que Alice teve com Rufus receberam nomes de escravizados bíblicos que conseguiram se libertar: Miriam, Aaron, Joseph e Hagar. Segundo a personagem, esses foram os nomes escolhidos porque na bíblia, as pessoa podia sê escrava por um tempo, mas não tinha que sê escrava para sempre (BUTLER, pág. 375).
Alice carregava o desejo de ver os filhos livres, até mesmo tentou fugir levando as crianças. Mas para se vingar, Rufus além de castigá-la fisicamente, finge ter vendido seus filhos, quando na verdade os mandou para Baltimore para viver com seus parentes. Alice não resiste a esse golpe e encerra seu sofrimento se enforcando.
A cor púrpura
Passemos agora para outra Alice, a Alice Walker. A cor púrpura rendeu à escritora o National Book Award e o Pulitzer de ficção, o que a tornou a primeira mulher negra a receber este prêmio. Além de escritora, Alice é poeta e ativista. Nasceu no estado da Geórgia, Estados Unidos, em 1944. Devido à segregação racial, estudou em uma escola que só aceitava crianças negras. Por causa de um acidente quando criança, Alice Walker viveu anos de timidez nos quais a literatura era sua melhor amiga. Graças a esse período temos obras de tamanha importância, como a comentada aqui.
Logo nas primeiras páginas, A cor púrpura nos traz o drama vivido por Celie e nos relata a história de sua vida. Nos é apresentada desde sua infância conturbada até a fase adulta. Conhecemos os fatores que acarretaram na formação de sua personalidade passiva e submissa, o que nos leva a concluir que é resultante de suas experiências de mundo.
Nos primeiros capítulos, na fase de sua infância, observamos os abusos sexuais e psicológicos cometidos contra Celie pelo homem que, supostamente, era seu pai. Aos 14 anos de idade, já tendo parido duas vezes e seus filhos dados para adoção, Celie é dada para se casar com o Sinhô_____, cumprindo, assim, sua ‘função social’.
Esse casamento excluía totalmente sua vontade e sexualidade. Em sua história podemos observar a opressão por parte de pessoas próximas que possuem laços parentais. Parceiros na questão racial, mas homens com autoridade doméstica e familiar convincente socialmente. A narrativa mostra que o patriarcado não era apenas o direito de um senhor branco, mas era também utilizado por um homem negro.
A escritora descreve de forma nítida os abusos sexuais e as violências físicas e psicológicas cometidos pelo padrasto e, depois, pelo marido da personagem. As figuras masculinas do romance demonstram ações predadoras que refletem seu domínio, submetendo Celie a realizar seus caprichos, anulando, assim, a condição humana da personagem, que é vista apenas como objeto.
É através do amor, todavia, que Celie sobrevive, o amor recebido e sentido por outras mulheres negras. Seu primeiro amor foi sua irmã Nettie, amor incondicional, Celie faria de tudo para protegê-la e vê-la feliz. O segundo amor foi Shug Avery, por ela Celie sentia uma atração física desde antes do casamento com o Sinhô____, quando a viu em uma fotografia.
No primeiro contato, Shug Avery a humilha e faz Celie se sentir feia, assim como os homens de sua vida faziam. Mesmo sendo uma mulher negra, Shug Avery reproduzia uma violência contra sua igual. Sobre essa questão que poderia ser intitulada de auto-ódio, Wilderson escreve:
A psique negra está numa guerra perpétua consigo mesma porque é usurpada pelo olhar branco que odeia a imagem negra e quer destruí-la. O negro é um “eu” dividido ou, melhor, é uma justaposição de ódio projetado contra a imagem negra e de amor por um ideal branco: por isso o estado de guerra.
(WILDERSON, 2021, pág. 279)
Mas com o passar do tempo, as duas se aproximam e pela primeira vez Celie começa a se gostar, a tocar seu corpo, a olhar sua vulva no espelho e se masturbar. Esse processo de construção de amor-próprio é parecido com a cerimônia que Baby Suggs realiza na floresta, ação de olhar para o seu corpo e se gostar, gostar de cada parte, mesmo que tudo ao seu redor tenha ensinado a odiar:
“Aqui”, dizia ela, “aqui neste lugar, nós somos carne; carne que chora, ri; carne que dança descalça na relva. Amem isso, amem forte. Lá fora não amam a sua carne. Não amam seus olhos; são capazes de arrancar fora os seus olhos. Como também não amam a pele de suas costas . Lá eles descem o chicote nela. E, ah, meu povo, eles não amam as suas mãos. Essas que eles só usam, amarram, prendem, cortam fora e deixam vazias. Amem suas mãos! Amem. Levantem e beijem suas mãos. Toquem outros com elas, toquem uma na outra, esfreguem no rosto, porque eles não amam isso também. Vocês têm de amar vocês! [ … ]
(MORRISON /2007/ Pág. 126)
Ao escrever sobre A cor púrpura, Collins (2019/ Pág 217) conclui que escrever cartas a Deus e estabelecer relações de apoio com outras mulheres negras ajuda Celie a encontrar sua própria voz, e essa voz permite que ela transcenda o medo e o silêncio de sua infância.
Não existe apenas uma superação, mas o aprendizado de um novo olhar sobre si. É por Shug Avery que Celie é pela primeira vez beijada, é com ela que a protagonista descobre que a relação sexual pode ser prazerosa. Apesar de Shug Avery ter sido um caminho pelo qual Celie despertou sua sexualidade e aprendeu que é possível amar e ser amada, ela não se prende mais.
A Shug me escreve dizendo que tá voltando pra casa.
Agora. A vida é ou não é assim?
Eu tô tão calma.
Se ela voltar, fico feliz, se ela não voltar, fico contente.
E aí eu fico imaginando que era essa a lição queu tinha que aprender.
(WALKER/ 2020 / pág. 329)
Ela agora consegue ser feliz apenas por ser quem é, por se amar. Celie encontrou aquilo que bell hooks (2021) chama de “amor redentor''.
Não importa o que tenha acontecido em nosso passado: quando abrimos nosso coração para o amor, podemos viver como se tivéssemos nascido de novo, sem esquecer o passado, mas vendo-o de uma forma nova, deixando que ele viva dentro de nós de uma nova maneira. Seguimos adiante com a percepção renovada de que o que passou não pode mais nos machucar.
(HOOKS/ 2021/ pág. 237)
Amada
Sethe em Amada busca essa mesma redenção através do amor. Amada, foi publicado por Toni Morrison nos Estados Unidos em 1987. Nessa obra, as memórias de Sethe sobre sua fuga de uma fazenda do Sul dos Estados Unidos são entremeadas com a narração de sua vida logo após a abolição da escravidão naquele país.
Segundo Graham (2005), durante a escravidão fugiam menos mulheres do que homens das fazendas. Mães que recusavam a deixar os filhos para trás não podiam se mover em terreno difícil ou esconder-se com facilidade levando crianças pequenas, barulhentas e dependentes. No entanto, não é isso que acontece na narrativa de Amada. Sethe manda primeiro seus filhos e depois foge em estado avançado de gravidez, parindo durante a travessia para a liberdade.
Na casa 124, Sethe buscava ter uma nova vida ao lado dos filhos, da sogra e da comunidade ao seu redor. Mas a situação volta a ser um pesadelo quando homens brancos aparecem para buscar seus filhos. A aparição dessas pessoas não foi uma surpresa, seria incomum se não fossem atrás dela, pois um escravizado fugitivo não era visto apenas como uma perda privada, mas como um elemento estimulador ou auxiliar para a fuga de outros escravos, representando um perigo público (GRAHAM/2005/ pág 239).
E como resposta, Sethe mata a sua filha que ainda era um bebê. Era melhor estar morta do que escravizada. Collins (2019) salienta que casos de infanticídio negro podem ser vistos e entendidos como atos de resistência.
Anos depois aparece uma moça, a qual Sethe e sua filha Denver (essa nascida livre) acreditam se tratar da criança assassinada, que ela havia retornado. Há um esforço enorme para fazer essa garota se sentir amada, toda a energia da casa é voltada para isso. Sethe deseja se justificar com a filha, explicar a razão dos seus atos e assim sentir o perdão e o amor que a salvaria.
Amada, ela minha filha. Ela minha. Veja. Ela veio para mim por sua livre vontade e não tenho de explicar coisa nenhuma. Não tive tempo de explicar coisa nenhuma. Não tive tempo de explicar antes porque tinha que fazer depressa. Depressa. Ela precisava estar segura e eu coloquei ela onde tinha que estar. Mas meu amor era forte e ela está de volta agora. (MORRISON/ 2007 / pág. 268)
Para viver e provar esse amor, Sethe se entrega ao ponto de adoecer e ficar sem forças, pois acredita que a menina era o que ela tinha de melhor. Denver, ao ver a situação que se encontrava a sua mãe, pede ajuda a outras mulheres da comunidade. Em conjunto, elas vão ao socorro de Sethe, algumas ajoelhadas e outras em pé, elas clamam pela sua libertação.
Sethe abandona a mão de Amada, ela e Denver vão ao encontro das outras mulheres. É poética a descrição dessa cena, a imagem da moça que se apresenta é de uma mulher negra grávida com um lindo sorriso. Ela se sente mais uma vez abandonada pela mãe.
Novamente aparece um homem branco em meio a todo esse encanto, Sethe está com um picador de gelo, mas agora não ataca Amada e se direciona para matar o branco. Porém, é impedida pelas outras mulheres e, assim, Amada desaparece, tão misteriosamente como apareceu. Sethe sente um vazio, pois acredita que perdeu o que tinha de melhor, estava sem Amada. No entanto, Paul D. a consola:
“O que foi, baby?”
“Ela me abandonou”
Ah, menina. Não chore.”
[…]
“Sethe”, diz ele, “eu e você, nós temos mais passado que qualquer um. Precisamos de algum tipo de amanhã.”
Ele se inclina e pega sua mão. Com a outra, toca seu rosto. “Você é a melhor coisa que existe, Sethe. Você é”.
(MORRISON, 2007, pág. 359-360)
A escravidão tirou das pessoas escravizadas direitos básicos, como o direito de amar, amar a si próprio ou ao outro. Chegaram ao ponto de verem o amor como uma fraqueza que daria maior abertura para sofrimentos que viriam dos brancos. Sendo não amar ou amar pequeno uma forma de resistência. A sobrevivência era mais importante que o amor (HOOKS, 1993).
Então você se protegia e amava pequeno. Amava as menores estrelas do céu para serem suas […]. Qualquer coisa maior não servia. Uma mulher, um filho, um irmão — o amor grande como esses arrebentava com você em Alfred, Georgia. Ele sabia exatamente o que ela estava falando:chegar a um lugar onde você podia amar qualquer coisa que quisesse — sem precisar de permissão para desejar— , bom, ora, isso era liberdade.
(MORRISON, 2007, pág. 221)
Esses romances têm muito em comum, no que diz respeito à forma como o amor é apresentado às mulheres negras. Talvez por terem sido escritos por três delas em um período relativamente próximo, na segunda metade do século XX.
bell hooks, em Vivendo de amor (1993), afirma que muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor, e que essa é uma das verdades privadas que raramente é discutida em público. Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso. Mas que é preciso reconhecer que a opressão e a exploração distorcem e impedem nossa capacidade de amar. Octavia Butler, Alice Walker e Toni Morrison fazem isso, escancaram como a escravidão e o patriarcado dificultaram e dificultam a vivência do verdadeiro amor pelas mulheres negras.
Após a leitura e comparação das obras é possível defender que as mulheres negras não têm total direito ao amor verdadeiro. Para a discussão proposta aqui, por fim, é importante definir o que é o amor. bell hooks (2021) defende que o amor é uma ação, é um caminho consciente. Dessa forma, não é o acaso que define quem é ou não amado. As três mulheres dos romances apresentadas aqui tem o seu desejo de amor negado, tanto o amor romântico quanto o maternal.
A escravidão negava a todos as pessoas escravizadas o direito de escolher seus parceiros sexuais, mas para as mulheres essa falta de autonomia sobre seus corpos trazia consequências especialmente dolorosas, deixando-as com poucos recursos contra o estupro e pouco poder para decidirem se, e sob quais condições, gerariam seus filhos.
(COWLING/ 2018/ pag.368)
Além das condições adversas da gestação, Alice, Celie e Sethe têm o direito à criação dos filhos retirado de diferente modos. O amor aos filhos era o início de sofrimentos, se não fosse despreocupado, o amor materno matava (MORRISON, pág 182). Mesmo que os filhos de Celie e de Alice tenham sido frutos de abusos, elas os queriam, sendo assim uma violência extrema a forma como eles foram retirados dos seus braços.
Celie conseguiu encontrar no amor a resposta para sua dor e conseguiu ver seus filhos voltarem adultos para seus braços. Já Alice não resistiu à dor de ver suas crianças serem levadas e não viveu o bastante para descobrir que elas não foram vendidas. Era esse tipo de violência que Sethe tentou evitar ao fugir e, depois, quando matou sua bebê.
Narrativas com o desfecho de A cor púrpura são um alívio para quem acredita na possibilidade de uma redenção. bell hooks (1993) e Grada Kilomba (2019) defendem que o amor e a união emergem como uma tarefa política para reparar nossa historicidade individual e coletiva de perda e isolamento, sendo assim um projeto político para pessoas negras. O amor talvez mudasse a vida de Alice e Sethe, o final de suas narrativas poderia ser diferente se a escravidão não houvesse roubado seu direito ao amor.
BIBLIOGRAFIA:
BUTLER. Octavia Estelle. Kindred: Laços de Sangue; tradução: Carolina Caires Coelho. - São Paulo: Editora Morro Branco, 2019.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento; Tradução Jamille Pinheiro Dias.- 1ª ed.- São Paulo: Boitempo, 2019.
COWLING, Camila. Concebendo a liberdade: mulheres de cor, gênero e a abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro; Tradução: Patrícia Ramos Geremias, Clemente Penna. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2018.
GRAHAM, Sandra Lauderdale. Caetana diz não: histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira; Tradução: Pedro Maia Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
HARTMAN, Saidiya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão; Tradução José Luiz Pereira da Costa. 1ª ed. - Rio de Janeiro : Bazar do Tempo, 2021.
HOOKS, bell. E eu não sou uma mulher?: mulheres negras e feminismo/bell hooks; Tradução Bhuvi Libanio. 2ª ed. - Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 2020.
_____________Tudo sobre o amor: novas perspectivas/bell hooks: Tradução Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2021.
_____________ Vivendo de amor (1993). disponivel em: https://www.geledes.org.br/vivendo-de-amor/
último acesso em 23/06/2022.
KILOMBA, Grada. Memórias de plantação: episódios de racismo cotidiano; tradução Jess oliveira. 1ª ed.- Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MORRISON, Toni. Amada; tradução José Rubens Siqueira. 1ª ed. - São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
WALKER. Alice. A cor púrpura; tradução Betúlia Machado, Maria José Silveira e Peg Bodelson. 22ª ed- Rio de Janeiro: José Olympio, 2020.
WILDERSON III, Frank B. Afropessimismo; Tradução: Rogério W. Galindo e Rosiane Correia de Freitas. São Paulo: Todavia, 1ª ed., 2021.
SITES
https://www.taglivros.com/blog/quem-e-alice-walker-uma-das-grandes-escritoras-norte-americanas/ último acesso em 15/06/2022
Muito bom
maravilhosa!
Deslizei suave nas suas linhas. Espero pelo prazer de ler novos textos.
Muito interessante as análises e comparações realizadas por você. O primeiro romance apresentado me remeteu a história contida no livro Ursula, de Maria Firmina dos Reis, e a loucura gerada numa personagem pela perda de um filho, que imaginava que seria livre, mas foi escravizado. Tanta dor vivida por mulheres negras que ainda hoje, se quer podem chorar essa perda. O amor ainda nos é negado.